domingo, 11 de agosto de 2024

as ilusões e seus medos

Há quem viva a entronizar a beleza,

Dividindo o humano em lindo e feio,

E a sofrer pânico diante dos espelhos.

Há os que inventam castelos de riqueza,

A delirar sobre bens que não possuem,

Pelo horror de perder a audiência.

Outros, cindem crentes e descrentes,

Esquerda e direita, heróis e fascistas.

Matam o mundo por pavor proselitista.


Enquanto a vida segue em sua Ciência:

Linda e feia, certa e errada, 

Nem mais alta, nem mais baixa, no seu meio, 

Humana, autêntica, rica e pobre, 

Íntegra, destemida, 

Encantada, por si mesma,

E quase sempre despercebida.


 

 

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Nós sabemos!

Nós lembramos: nós sabemos.

Não há mentira sistemática,

Narrativa estratégica,

Recriação da História,

Ou Doutrina ideológica,

Que nos apague a Memória.

Nós lembramos: nós sabemos!




sábado, 3 de agosto de 2024

Reaprendendo com a Inteligência Artificial

 Encantado, aqui, com o emprego da tecnologia de Inteligência Artificial para a reaprendizagem auditiva pós-implante coclear. E com a minha Poesia.

Trata-se de um sítio web, no qual estou incluindo os meus poemas e ouvindo-os recitados por uma voz biônica para treinar o aprimoramento da audição... 

Tecnologia para o Bem da Humanidade nesses novos tempos!

Eu me dou conta de quem são os "justos" na barafunda ideológica destes tempos. São as pessoas, grupos e povos que usam os seus talentos, conhecimentos e descobertas para o melhor da Humanidade.

E, quanto à Poesia, quando eu iria imaginar que os meus versos iam-me ajudar a recuperar a minha própria audição? Isto é incrível... às vezes eu me perguntava: para que serve eu escrever poemas? Pois aí está...


Neste momento, "estudando", com grande prazer, os sons e as ideias do meu poema "Silenciosa essência":


Quem reconhece o que é despercebido

Por ser tão pleno em tudo e sempre,

Qual o respirar, o tato, os sentidos,

O pensamento fluindo em nossa mente?


Só percebemos o que vem e vai,

O quê, no tempo, surge, se apresenta

E que, ao fazê-lo, nosso olhar atrai,

E a mente sonda, filtra, fragmenta.


O Essencial é irmão do Inexistente

E só o poeta, o louco ou o crente

Sabem chegar a perceber o que É,


Porque, no fundo, silenciosamente,

A vida segue imensa e inconsciente

Feito um bater de coração, ou a Fé.