sábado, 14 de março de 2015

desatando (com agradecimento a Fernando Pessoa no final)




Hoje desato os nós que me atavam
Atavismos, ativismos, triste sina
De quem não sabe ver aquilo que é,
Como não sabe ser o que lhe brota afora,
E se enrola em teorias não vividas,
Embota-se pelos medos desta vida
E morre em alma, a mente aos gritos!

Hoje eu silencio a olhar o mundo,
A olhar-me, reconhecendo o todo:
O meu espírito em corpo inteiro.
Terra e ar e água e fogo. 

Apolo e Dioniso.


E tudo o mais 
Que nesta vida é (im)preciso.








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