sexta-feira, 11 de março de 2016

Paz

Não há paz, há pazes.

Há aquela paz do melhor que tu fazes:
A que, em meio às lutas da vida,
Mantém tua alma sorrindo
E, entre os destroços dos sonhos,
É capaz de viver algo lindo.

Há a paz cujo oposto é a injusta guerra:
A paz dos que constroem céus na terra,
Que relevam dissidências sem sentido,
E, ao amar o semelhante, seguem em frente
Edificando o futuro a partir do presente.

Mas há uma paz cujo oposto é coragem,
A paz dos que temem e preferem calar-se,
Dos que mantêm o inferno sob sutil disfarce:
A Paz do Terror, que honra às tiranias.

A paz cujo oposto é vergonha na cara,
Revelação do que és no silêncio do bando.
Esta paz é a derrota numa vida que adias

É a paz de um cadáver que segue andando.





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