domingo, 10 de julho de 2022

As origens dos mitos

 


No caminho para uma praia fluvial hoje em meio a estas paisagens incríveis de montanhas e campo do interior Português, vi algo pela primeira vez e me tocou. Num grande terreno dourado onde se fazia a colheita do trigo, estavam centenas de cegonhas recolhendo os restos da colheita e levavam para alimentar os seus recém-nascidos os grãos que coletavam. Nesta região, como em toda península, sobre antigas construções, torres de Igrejas, chaminés de pedra de alguma empresa abandonada, as cegonhas constroem imensos ninhos de palha. Migram entre África e a Península Ibérica - e creio que em toda a Costa Mediterrânea-, voltando ao antigo ninho naquela lembrada torre onde foram alimentados por seus pais para alimentar aos seus filhotes gerados aqui. Algum tipo de memória ancestral, ou nem tão ancestral, que mantém estes seres alados belíssimos, brancos, enormes, envolvidos no dever “sagrado” de migrar para gerar e manter a espécie, seus filhos, e proteger os recém-nascidos acima de tudo. Aqui percebi profundamente o símbolo belíssimo da cegonha em relação à geração dos bebés. As cegonhas e seus bebés que são amados e protegidos aqui, como deve ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário