segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Sonho do que houver

Não serei poeta de dramalhões românticos, 
Maldizendo a vida ou amor desfeito, 
Planeando a destruição do Mal "dos outros", 
Buscando a morte como cura dos defeitos. 

 Não serei herói romântico à francesa, 
Desses que, morando em mansões, 
Destruiriam a moral burguesa, 
A morrer jovens e loucos com milhões. 

 Não usarei versos em riste, tão comuns, 
Para acusar os podres deste mundo, 
Pois quanto aos podres já bastam as TVs. 

 Farei poemas meus desde o que sou, 
Sem poetar como nos manda a moda, 
Meus versos serão os sonhos do que houver.

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