sexta-feira, 10 de junho de 2016

olhos de menino

O coração deixou guardado
Em algum quarto escuro do passado
Aqueles olhos tristes de menino
Que derramavam águas doutros tempos.

Que outros tempos? Um garoto apenas
Conhece alguns passos, poucas penas.
Mas eram avatares que brotavam
Dos olhos do menino. Eram eras.

Berberes nos desertos e mesquitas.
Jerusalém de Ouro. Antiga Atenas,
Noturnas bebedeiras pela França.

Pintores espanhóis. Barco de escravos.
Nos olhos do menino em Porto Alegre

A História revivia suas lembranças.










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