Gosto da noite quando principia.
Chega com as mãos quase vazias
Puxando fios de Nada e de estrelas,
E, lentamente, imensidades fia
Só pelo prazer de assim tecê-las.
Gosto do seu misterioso olhar de estranha,
A sempre estranha noite que me cobre
E, sem que eu queira ou saiba, me transforma
Num ser tão misterioso como ela.
(pintura de Gustave Raynaud, “Noite“)
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