sábado, 20 de junho de 2009

Sobre Morte em Veneza



Prisioneiro entre o sol e o teu amor sincero
Sou, às vezes, uma chaga na pele do mundo,
Por onde purga o magma, e eu me abrindo.
Eu, que já não creio na poesia do menino lindo.
Eu, que fui escravo do estético dogma,
Sei que o espiritual nisto esconde
O simples desejo, e isto é belo
Desde que se saiba o que o sacia.

E todo o lirismo romântico, o Idealismo
Alemão, não conseguem disfarçar
A noção óbvia de um tesão.

Amo a beleza, amo-a agora menos servilmente.
Prisioneiro do amor sincero sei
Que a beleza também mente.




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